segunda-feira, 5 de setembro de 2011

de mim para ti.

A noite é sempre mais dolorosa, é sempre a que me faz pegar no telemóvel, e onde escrevo cada erro teu e no final aceito desculpas, que nunca foram pedidas, mas no fim o acto é sempre o mesmo o cérebro acaba sempre por ralhar ao coração, e no vermelho apaga tudo.
Foram três anos de dedicação e apoio, sorrisos, brincadeiras, confidências, cumplicidade, momentos bons, momentos maus, sempre unidas.
As minhas amigas continuam realmente comigo, mas o lugar da melhor continua vazio, e no meio de tanta raiva e desilusão, em cima desse lugar ponho agora um caderno, o seu título tem o nome dela, onde eu posso escrever, e tal como na realidade nele não existe borracha, mas no fim de tudo todos aprendemos com os nossos actos por isso este caderno e fechado com uma chave onde só eu tenho acesso, a lágrimas, a segredos, confissões, porque na contracapa escrevi confiança, porque aprendi da pior maneira que é o mais importante em toda e qualquer relação e meramente a base de tudo.
Às vezes em sonhos oiço a tua voz os teus risos, e tenho medo tenho medo daquilo que me possas dizer, tenho medo que a desilusão seja maior do que o que pensava, tenho medo de me ir abaixo ainda mais.
Mas isto terá de ser feito, tenho demasiadas perguntas, e não percebo porque é que todos os teus amigos têm tanta sabedoria a cerca, do que está certo ou do que é errado, acerca do que sinto, em frases politicamente correctas, e teimando em contínuos insultos e assim subestimando a pessoa que eu sou, e lealdade e confidente que sempre fui, não fui eu que estive mal, sou eu que estou no meu tempo de magoa e desilusão, do preto e branco e foste tu que me tiras-te as cores. 
Para mim serás sempre importante, longe de mim ou ao meu lado, porque uma desilusão não faz esquecer tudo, mas faz com que ao lembrar "tudo" doa. 
Secalhar não foi uma desilusão secalhar tu sempre foste uma ilusão minha.

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