quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Beethoven


Hoje deu-me vontade de escrever para um outro mundo para o nosso mundo futuro porque todos nós um dia o iremos conhecer, para o mundo espiritual em que aguardamos uma outra vida ou simplesmente para o vazio, em que nos dissipamos.
Há os que vão cedo tão cedo que mal tem tempo para viver, e realizar os seus sonhos, e sem poderem deslizar as folhas do livro até chegarem ao futuro e verem o que construíram e perderem o número de vezes que respiraram.
 Depois existem aqueles homens que nos marcam nem que seja pelo sorriso que nos davam, e pela alegria que nos transmitiam e que pensamos que é sempre cedo para pessoas tão bondosas deixarem o mundo em que vivemos.
Ainda á aqueles que partem sem nada dizer e que pensamos que havia tanto para lhes mostrar e fazer…
A vida, é a matéria de que é constituído o nosso corpo, e a alma que não vemos. É a capacidade de amar e ser amado, é a família que não escolhemos, são todos aqueles que nos amam sem pedir nada em troca, e que se preocupam. A vida é felicidade, dor, amor, sentimento, respirar, saudade, sentir a vida, no vento no mar e na terra.
A vida é injusta porque nós vivemos na terra, talvez o céu ou esse outro mundo de que hoje falo seja mais justo.
Por isso comparo a vida a um soneto como o de Beethoven, em que a música acalma nas nossas tristezas, expande-se nos momentos de memória e lembrança acelera como se os anos passassem por entre os fios do violino, e nas teclas do piano os dedos batem uma última vez, tal como o nosso coração, acaba por dar por fim, a sua ultima batida. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

the gift.

 
Hoje é o teu dia, é o dia em que te denunciam como mulher e que na sociedade te destacam como adulta. Tenho algo para te dizer, tenho algo para ti guardado cá dentro para te dar, não é material, nem palpável, só consegues senti-lo, pode fazer-te rir e chorar, pode-te te fazer pensar. Houve dias que chorei por ti, houve anos que sorri contigo, houveram noites que dançamos as duas, houveram tardes que ri-mos até não poder mais, houve o pôr-do-sol que nos encandiou até hoje, houve o descobrir de uma amizade muito forte numa secretaria e horas de conversa, onde os dias e os meses podem passar sem ti. Sem o teu sorriso, mas á noite na reflexão do tempo as lágrimas caíam sempre de saudade, e depois de dias eu percebi que podia fugir mas a preocupação e carinho por ti ficariam sempre. Por mais que tu erres por mais que eu erre, a nossa separação é algo impossível, que por vezes nem as palavras chegam para explicar, nem os erros chegam para afastar, porque é por isso que tu és a minha melhor. Não descobrimos isto em horas nem em dias nem meses levou anos a construir, a saber os teus defeitos e todas as tuas qualidades, o teu carácter a tua maneira de sorrir, abraçar, olhar, chorar, cair, levantar, fugir, brincar, ficar, escrever, dançar, falar e num simples olhar perceber que tu és a melhor a minha melhor amiga.
Até o nome não podia ser melhor ahah, nunca te quis magoar, e mesmo na tarde mais escura preferi ser eu do que tu, nunca me vou esquecer da pessoa que naquele dia chorou mais por mim, e a mesma que vinha de mão dada comigo. Sempre que o sol cair, teremos mais uma frase para acrestar no nosso livro, sempre que tu caires terei mil e uma razões para te levantar, basta folheares o livro, da nossa amizade. Parabéns, Jess. Love you.