É engraçado como o vento passa por entre os meus cabelos, como o ponteiro do relógio teima em não parar e noite volta cair, o tempo passa, as pessoas não param cada qual com o seu problema, cada qual com a sua historia de vida, que as faz vir a este sitio, sentar e reflectir, olhar para o mar. Muitas vezes vêm sozinhas, muitas vezes trazem cicatrizes de guerra, e vêem apenas sarar o passado.
Eu vim, na esperança que uma onda levasse tudo o que preocupa, e me ajudasse a ganhar forças, precisava da força daquela onda, bem lá ao fundo vêm a enrolar-se na minha direcção, e que agora vai rebentar com toda a força e esplendor diante de mim.
Esse dia ajudou-me talvez essa onda que me tocou na ponta dos meus pés tenha-me dado parte de si, e me tenha dito ao ouvido no seu modo mais selvagem, primitivo, que vida é demasiado curta, que cada dia é uma bênção, que na vida não existe futuro existe o momento este que estamos a viver agora, e é somente este que importa, não posso deixar que tudo o que esta a cair a minha volta, me afogue, e depois deste dia eu pus de novo o pé areia.
E olho agora o mar, ás vezes não sei onde vou encontrar tanta força, talvez porque nunca deixei de dar valor as coisas mais pequenas, aquelas que realmente fazem a nossa vida.
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